sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sentado no trono de pedra, dependurado nos escarpados de penedia vergo meus olhos ao saber da natureza.....

Compreendi que em tudo há beleza e amor e com isto construí!

Sorrisos nasceram com a aurora dos tempos e somei sonhos como desejos e escrevi histórias com simples rugidos de beijos e corri horizontes montado em alazões de desejos...e os sonhos foram meus!

Quis comprar o tempo que não tivemos trocando minha vida por esse outro lado. Quis que esses olhos sempre sorridentes florissem dentro de mim nessa explosão onde partimos e não chegamos....
Foi num ontem de Abril quando a primavera viera em salpicos de chuva gelada e o vento enfurecido raivava lá fora vergando tudo à sua vontade que a tua voz murmurou o teu ultimo "amo-te" deixando-me ali ao lado da cama branca com uma mão sem força como malmequer arrancado à vida. Depois disso vieram de branco com palavras que não ouvi... pegaram-em ti e levaram-te.
Em mim ficou o teu eco e o ultimo bafo desse calor que gelou. Plantei nos meus olhos a dor que chora e matei o meu coração.
Não vesti o negro nem o branco da esperança, não me refugiei no escuro nem na dança das sombras. Desenhei-te com a saudade na minha alma e enverguei o teu sorriso sempre jovem como dopping na minha caminhada.
Danço contigo nos meus sonhos quando hão, em abraços sem toques de pele nem cheiros de feromonas. Janto contigo no meio das estrelas no céu pardo e juro-te nessa imensidão, o meu "amo-te para sempre" .
Depois fecho os meus olhos e voo até onde o sonho me levar.....

Amo-te mesmo quando não estás, mas amar-te-hei muito mais quando de novo estivermos......




Jorge d'alte