sábado, 19 de setembro de 2020




Até nem estava mal......
A chuva que caíra brilhava em gotas de sol resplandecente prismando cores diversas como pequenos múltiplos arco íris.
A árvore acenou barulhenta e resmungona com o açoite do vento até ali  alheado da sua natureza....
Só o mar continuava a sua canção de embalar enviando ondas e ondas como feromonas de acasalamento tentando encantar o meu animo e exitá-lo arracando-o da contemplação intima de mórbida auto comiseração.
Chorava no presente o passado desatando mais uma vez os nós apertados que o mantinha ali  como sempre autentico e doloroso com a sua imagem como faca retalhando-me por dentro expondo toda a minha vulnerabilidade e atiçando-me dores cruciantes....
Anos e anos de cenas semelhantes de um filme visto e revisto vívido e anestesiante esperando que o milagre acontecesse  por uma vontade morta e ossificada.
A onda de luz surgiu de repente inimaginável brilhante como nunca ,,,

( Etérea luz de brilho caminhante era eu mergulhado no de lá sem som nem volume nem traços na poeira do caminho. A Luz era breu como breu fora a luz do espaço adornado de dourados pontos nomeados pelos sábios do antigamente. Viajava sem pagar- O passaporte fora-me dado sem saber.


Jorge d'Alte