A flor sozinha
a flor tão bela
que vive algures
agarrada á pedra
sonha nos sois
olhando esses mares
adormece nas noites
olhando os luares.
Contando estrelas
como rosário de perolas
anseia na madrugada
pelo canto do galo
e já desperta o dia abraça
seus amantes deseja
que venham em graça
que lhe beijem as pétalas
que lhe suguem a doçura
e como travessura ela ama
e com candura ela agradece.
A flor sozinha
adorna no vento
agarrada á pedra
murcha no tempo.
Jorge d'Alte
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