domingo, 28 de agosto de 2011

AFINAL


AFINAL




Afinal a dama já não vem!
Tantos momentos criados em sonhos retorcidos,
inventando-os belos como únicos, como ramo de rosas,
criadas pela alma de um cultor,
cada uma com a cor do significado; eram dela.
Contei um a um esses segundos que nos aproximavam
dentro deste céu escuro, silencioso e fechado do meu quarto.
Perdido procuro, apalpando frenético uma porta imaginária,
que me leve à saída; é este o meu estado de alma.
Sinto o cheiro do seu murchar definhando na minha desilusão.
Ascendo à posição erecta dos “sapiens” e os passos abrem a janela.
Vejo de novo este mundo de luz que dizem belo,
esse mundo que por ser tão linear, nunca será o meu.

Jorge d'Alte

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