O lugar vazio vivia ali mesmo defronte
Ele estava sentado olhando para nenhures
Os olhos brilharam clareados por pingas de fogo, flamulas de dor....Ó Meu Deus eram como ferida aberta dilacerante e fervente!
No outro lado da alva toalha de mesa a flor sorria de pétalas abertas triste e solitária.
A tristeza era musica sem notas, choros suplicantes no silencio, gritos de solidão dormente um aí de profunda mágoa que teimava em não se soltar.

O copo meio cheio brilhava sanguíneo esquecido no meio da dor...já não aquecia a alma dele nos tragos sorvidos como alfinetadas para o esquecimento.
No prato esquadrado na sua forma o bife mal passado esperava e desesperava rodeado de dourados fritos de batata. No cimo como olho arregalado o ovo vigiava o apetite que tardava.....
Era meia noite nas badaladas sonora do relógio de capela....A mão moveu-se sozinha pegou no copo reluzente de revolto néctar levando-o ao alto atingindo o céu que é teu...
A voz sofrida soluçou "até sempre" e caiu mergulhando na dor que ficou......
Jorge d'alte
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