quarta-feira, 2 de abril de 2014




Finalmente a chuva morreu, talvez cansada de tanto bater nas vidraças.

O sol apoderou-se da minha alma vestido de pele dourada e cabelos de ouro. Os olhos verdes tinham-me levado até à praia onde nos encontrávamos emaranhados como algas atiradas e repousando na areia cálida..
As ondas cavavam poças de louca espuma arranhando a areia como unhas desesperadas.
Meus olhos fascinados gemiam com a tua beleza enquanto por dentro a confusão era generalizada, um cocktail de emoções e sentimentos.
A nuvem apressada que passou fora apenas um amuo que toldara o teu sol no pico de verão.
Mas foi quando as folhas se soltaram mudando de cor e humor que tu meu sol correste para o mar nesse por de sol empolgante, deslumbrante e fugidio e acabaste por te afogar para lá da linha do nosso horizonte.
Por mais que percorra as praias e os por de sol nunca mais te encontrei e agora que a chuva renasceu e me bate nas vidraças percorro os ventos da memória tentando colher de novo o teu calor em alcovas misto de esperança sonho e amor.


Jorge d'Alte

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