Aquele olhar
olhava profundo
esse mar que vinha
doente e imundo.
Crianças inteiras
apanhem o sangue
de mortos e moribundos.
Onde estão os vossos risos
os sonhos e os sorrisos?
Os rostos comedidos
choram na saudade
murmuram lendas nas palavras
olham os céus que fogem nas nuvens
a esperança qual brinquedo de criança
brilha nos olhos grandes, pequenos, tristonhos.
Algures Deus não perdoou
e o pecado assumido
fez de nós, de mim
aquilo que somos, que eu sou.
Jorge d'Alte
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