Sou filha de uma Lua Nova
Gosto de noites bem escuras
por entre as sombras bravias
o meu ciclo sempre se renova
Teço lá as minhas aventuras
procuro o sangue pelas vias
mordo com toda a doçura
Sugo voraz este mel da vida
traindo a humanidade sem dó
depois fico ali quieta e saciada
sentindo em mim esta loucura
sentindo-me como alma perdida
na demanda vã desta caçada
Se não mordo torno-me em pó
alma morta no tempo esquecida
Assim viajo no tempo milenar
amando aquele que vou matar
Sentimentos fortes nunca sentira
nesta alma danada e só de vampira
Jorge d'Alte
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