Despejou o copo,
enlaçou-me o pescoço.
- Faça o sacrifício por mim!
Aconchegou-se. Era toda ela uma seda,
toda doces perfumes, toda onda de calor.
A sua mão segurou a minha e comprimiu-a
contra os seios.
Lá fora a chuva batia no vidro tentando chamar a atenção
empurrada pelo vento, furiosa.
A sua boca vermelha e húmida aproximou-se da minha…
O telemóvel tocou, quebrando.
O momento caíra a nossos pés em cacos de desfeito encanto.
- Maldita monstruosidade!
Gritante necessidade com voz insistente, que exige resposta…
Jorge d'Alte
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