Que gozos são esses
no tempo de então
que traziam amor
em cordelinhos desatados, sedas
e o teu corpo nu.
Com ele me quero
a ele me dou
na cama de pétalas,
espargidas.
Olhos violetas
me beijam os lábios
com asas de mãos
na cintura cingida
Pobre criatura, no eu empolgado
em falas maduras, abafadas,
em cabelos de trigo
tapando mamilos,
núbios.
Que gozos foram esses
no tempo de então
de saias curtinhas
com golas de anil
em contornos servis
onde embebeci
o corpo, a alma e o olhar.
Jorge d'Alte
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