No meio da selva intranquila
Um grito de dor pungente.
Tapam-se os ouvidos nos olhos de medo
Dores afiadas que se tornam no sangue
E os trilhos são rios sussurrantes
Cheios de trapos de ódio e raiva.
A neve branca e calma cai em gotas, lenta
Passos perdidos que assinalam uma vida.
Em seu canto, uma brincadeira infantil
O brinquedo é uma arma - tudo bem
É tudo o que eles sabem fazer
Tudo o que eles precisam para jogar
E seu dia é a noite.
Suas almas vazias
Não há alegria nem amor
Quando as armas cantam - é rock and roll de dor
E eles dançam entre tiros
Caindo na terra olhando o céu
Então Deus acorda apavorado
Envia os seus anjos - perguntar o porquê.
As canções dos pássaros
São baladas que não conhecem
Um mar turbulento.
Dentro cresce
Ondas de cegueira
Que vem e vai
Como poderiam ouvir
Em sentimentos de tempestade
Esta é a luta cheia de saudações
E as ruas são rios sussurrantes
Cheio de trapos de ódio e raiva
Crescem à medida que as árvores crescem.
Seus braços são cachos
Sem folhas nem flores
E sempre serão crianças
Mas o seu sorriso são armadilhas
Onde a caça cai
E as ruas são estreitas
Onde as sombras se tornam demônios
Corvos de almas
Gangue de tolos.
Jorge d'Alte
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